terça-feira, 26 de dezembro de 2017

De lá e de volta

Sumir parecia algo inimaginavel,mas há momentos que nos auzentamos e mesmo que queiramos não e possível, ver ou viver as pessoas que deixamos muitas vezes Não é possível até que a vida nos brinda com reencontros e o inimaginável, beira as margens do tangível e tocamos,ouvimos,sentimos.
Assim novamente deste tempo, participamos e a breve turbulência da vida passamos...
Mas nos tornamos sombras no caminho
Vejo o tempo e não consigo dar sentido ,
Ele segue implacável arrancando de mim o fôlego e o alento...
Jshynaider

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Ninguem vê, ate que seja tarde!


Abriu os olhos e tudo ainda continuava muito escuro, a dor gritava no corpo ainda de formas mais agoniantes, passou a mão pelos braços que ate pouco tempo atras estavam acorrentados, os machucados ainda estavam lá embora as correntes ja tivessem se soltado. A cabeça dava voltas, entre o que poderia ser real e o que eram apenas fantasmas antigos.
Desejava gritar mas não queria chamar mas a atenção de ninguém para sua existência marcada de tanta dor.
Sentia a testa molhada, não sabia se por sangue ou suor.
Não sabia mas onde terminava sua personalidade e começava a angustia, suspeitava fortemente que ja tivessem se tornado uma só.
As garras daquela angustia já haviam estraçalhado toda esperança de que ali dentro ainda tivesse um ser humano que ainda pudesse ser salvo.
Se sentia um animal feroz preso numa jaula, sozinha e ferida, assustada demais ate pra tentar escapar.
Suspeitava que houvesse apenas uma unica maneira de se livrar de tudo aquilo...

By: Eu

domingo, 24 de setembro de 2017

Poeira cósmica

No meio da noite, Sentindo-se sozinha
Com uma dor incessante e um vazio infinito,
Pudesse apenas sumir, explodir em mil pedacinhos,
Deixaria tudo tão mais bonito.
Se tornar poeira cósmica,
Como se nunca estivesse estado aqui,
Ter certeza que nunca mais,
Esse agonia ia voltar a sentir.
A madrugada grita horrores,
A dor fica pior,
E no fundo diz verdades,
Me lembrando que estou só.
Um choro preso na garganta,
Um monstro dentro do peito,
Enquanto houver ar em meus pulmões,
Eu sei que isso não terá jeito.



sexta-feira, 8 de setembro de 2017

O que é viver.

   


    Viver é muito mais do que o sopro de vida que temos nesse mundo.
    Viver é se levantar todos os dias pela manhã e agradecer a Deus por mais um dia, indiferente de como as coisas estejam, é acreditar em si mesmo a na capacidade de lidar com todos os problemas que o mundo pode lhe entregar na forma de um prato frio e amargo.
    Viver não é apenas sorrir, é chorar e ter a força para seguir sempre em frente, de lutar por dias melhores, de tornar seus erros um aprendizado para um futuro melhor.
    Acreditar em si mesmo quando ninguém mais acredita, ir além das aparências e mostrar de tudo o que é capaz.
    Viver não é só um dia no parque de diversões, é conseguir ir no fundo da escuridão que vive dentro de si e transforma-la em luz.
    Não amar somente os grandes eventos, mas agradecer pela simplicidade de um momento sincero, não viver somente das glórias do passado, mas sempre lutar por novas conquistas.
    Não desistir dos sonhos mesmo que eles pareçam impossíveis hoje, torná-lo em algo palpável.
    Não trata-se simplesmente de sorrir, mas de fazer alguém sorrir, de acolher aqueles que te querem bem, de ser agradecido por toda luta que te fez mais forte.
    E ao final do dia, quando estiver cansado, agradecer mais uma vez por ter sobrevivido e se saído vitorioso.
    No final de tudo o que iremos deixar é um legado, uma lição, um exemplo a seguir.
    Então viver é mais que somente respirar em lugar caótico rodeado de pessoas, e inspirar as demais a serem tão otimistas como você, ensina-las que viver é mais que esse pequeno intervalo, esse pequeno sopro de existência.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Eu não soube entitular

Vivendo o exato momento em que você percebe que esta sozinha...
que todas as pessoas acabam te abandonando quando percebem que você não é como elas gostariam que você fosse...
que você não pode ser da maneira que elas desejam...
deixada de lado de uma maneira totalmente descartável...
não importando nada o quanto seja enorme o esforço para poder ficar mais um pouco...
condenada a uma vida útil muito curta...
muito limitada...
por não ser suficientemente boa...

sábado, 2 de setembro de 2017

A misteriosa Ordem Das Sombras - Parte 5


E ae galera, depois de um longo hiato voltei com a historia
Peço perdão para a galera que estava acompanhando a historia e de uma hora para a outra eu deixei de postar.
Nesse longo período passei por diversas situações pessoais e isso acabou atrasando o projeto.
Espero agora voltar a escrever com mais frequência e finalmente terminar a historia.
Para aqueles que não leram ainda, o livro conta a historia de Adrian Schmitter, um ex detetive da policia que teve sua vida totalmente destruída devido a um acidente do passado, após alguns anos o acontecimento na cidade maldita ele salva uma garota chamada Samantha, que agora é a sua parceira na investigação de casos que envolvam o sobrenatural.
Tudo começa quando seu antigo parceiro dos tempos de policia o chama para investigar um caso de homicido um tanto curioso.
Adrian e Samantha começam a investigar o estranho caso, mal eles imaginavam que tudo aquilo os levaria para um mundo paralelo onde o seus maiores pesadelos poderiam se tornar realidade.
Abaixo vocês podem conferir o link para o download do arquivo em PDF.
Nesse arquivo vocês encontraram toda a historia até a parte que estou postando aqui.


E para aqueles que já estavam acompanhando a historia, uma boa leitura a todos, espero que gostem e não deixem de mandar suas sugestões.

Até a próxima.






sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Fuga

Fiquei no frio a noite toda,
caia uma chuva sem fim,
e todos os milhoes de medos,
escondiam-se dentro de mim...
Sentindo-me confusa demais,
pra tomar qualquer decisão,
eu não quero olhar para tras,
mas na frente é so escuridão.
Só precisava fugir um pouco de mim,
de ser essa que eu sou,
mas nesse jogo que nunca tem fim
quanto mais corro mais sozinha estou...

By: Bel

Reticências

Talvez so não quisesse estar...
Pequenina só se escondeu,
Estranho ninguem procurar,
Em seu mundo ela se esqueceu...
Não se sabe, nem ouviu falar,
Simplismente um lugar vazio,
Nenhum som, sinal de radar,
Ela apenas se encolheu no frio.
Talvez ela não queira aceitar,
Que em tudo o que ela poe a mão,
Acaba por desmoronar,
Mesmo que nunca tenha a intenção.
Como um castelo de cartas,
Ou um efeito domino,
Não importas se estas acompanhada,
Ela sempre sentirar-se só.
Há sombras numa solidão,
Nao da pra piorar mais nada,
Um som que vem do coração...
Mais uma vez estava enganada...

By: Bel

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Bad Religion - Sorrow

Sorrow

Pai, você pode me ouvir
Como eu o desapontei?
Eu amaldiçôo o dia em que nasci
E todo o sofrimento neste mundo

Deixe-me levá-lo para a terra da magoa
Onde todos os homens bons são humilhados
Somente para cumprir uma aposta que não pode ser vencida
Entre um pai orgulhoso e seu filho
Você vai me guiar agora, para eu não poder ver?
Uma razão para este sofrimento e esta longa tristeza
E se toda alma viva pudesse ser honesta e forte
Bem, então eu imagino

(Não) haverá sofrimento
Sim, (não) haverá sofrimento
Não haverá mais sofrimento

Quando todos os soldados abaixarem as suas armas
Ou quando todos os reis e todas as rainhas abandonarem suas coroas
Ou quando só o verdadeiro Messias vier nos salvar de nós mesmos
É facil imaginar

(Não) haverá sofrimento
Sim, (não) haverá sofrimento
Não haverá mais sofrimento



domingo, 30 de julho de 2017

Pensamentos

Ainda ando perdido e confuso com os meus pensamentos, algo que se tornou constante um pouco depois da adolescência, sinto como se não estivesse mais aqui, como se a minha mente vivesse constantemente em um outro lugar, as coisas a minha volta só se tornam lucidas quando as toco, algum tipo de paranoia talvez, mas é o que sinto a todo instante.
Talvez tudo isso seja a vontade do subconsciente de estar longe da realidade fatídica.
Minha vida sempre seguiu o roteiro corriqueiro de uma outra qualquer, ser uma criança feliz, brincar, aproveitar a fase na qual se é jovem para fazer algumas loucuras, a primeira bebedeira nós nunca esquecemos não é verdade, fazer coisas idiotas das quais hoje sinto vergonha, talvez uma besteira qualquer que poderia me fazer feliz naquela época, era divertido, não existe arrependimentos, apenas vergonha.
O tempo passa e a minha cabeça já não se encontrava mais em torno dos amigos ou qualquer coisa que seja, pensamentos passando de forma descontroladas sem nenhuma emoção, apenas pensamentos futuros.
O amor bate na porta e a decepção vem em seguida, não é nada incomum ter amores secretos em sua vida, e esses continuarem secretos até que simplesmente se vão, o tempo leva tudo.
Mas quando menos se espera algumas vezes podemos ter esse amor correspondido, e dele alguma magoa e tristeza, isso já se foi, não a magoas mais hoje.
A vida segue e você encontra outras pessoas vive coisas realmente boas, está na hora de ser feliz e ter sua própria família, isso é o que todos querem afinal, aqueles encontros aos finais de semana, sejam eles com quem forem, lembrar daquelas coisas que te dão vergonha agora, que você fez no passado e ri pela idiotice, uma vida comum.
Mas simplesmente algo impede o meu caminhar para essa fase, é como se eu estivesse preso, estático, quando se torna impossível seguir o degrau a cima.
Quando você encontra aquela pessoa que acredita ser o seu companheiro para entrar nessa nova fase, mas isso simplesmente não acontece, os empecilhos, as pancadas que você leva e te deixam no chão sujo de terra, os pensamentos ainda estão distantes.
Não sei dizer o qual pode ser a minha felicidade hoje em dia, se o que sinto é dor ou raiva por tudo, por tudo mesmo.
Sempre me preocupei demais com as pessoas, elas são muito gananciosas, se preocupam simplesmente com elas mesmas, enquanto você sente as pancadas vindo de todos os lados, pois essas pessoas só pesam em si mesmas, nas suas respectivas dores, mas não no que podem causar a quem está no meio delas.
Segurei o rancor, guardei a magoa de todas elas, chorei escondido para demostrar força, sorri com o coração partido, escutei e vi o desprezo, fui humilhado, nos meus ouvidos ressoaram a voz que dizia que simplesmente eu não deveria estar ali.
Mas eu sorri, eu disse que estava tudo bem, que tudo iria dar certo, que estava feliz, quando na verdade estava despedaçado por dentro, porque eu me importava e queria fazer tudo dar certo.
Hoje meus pensamentos as vezes tentam me levar as épocas felizes, quando a dor está grande demais para suportar, e ninguém poderia entender, por mais que tentem nunca entenderam, o corpo está bem mas a alma completamente despedaçada.
O fundo nunca é o final, sempre se pode descer mais, se pode olhar ao redor e não ver mais nada, como minha mente sempre tentou entender, não adianta simplesmente dizer que está tudo bem quando não está.
Não consigo dar um passo à frente por mais que tente, hoje com uma família despedaçada e um amor que está sendo destruído cada vez mais com o tempo, apenas vejo o vazio do dia seguinte, não é não ter ninguém é não ter com quem contar ou quem possa te entender.
A única coisa que queria nos meus mais desesperados sonhos era a paz que procuro e tempos, a família sem as brigas e as coisas de casa quebradas, sem as agressões, xingamentos, toda a dor e choro de um lugar desestruturado, um pouco mais de amor, carinho, um abraço que me fizesse sentir que se importa.
Queria por um momento fazer sentir orgulho, que alguém visse tudo o que estou tentando fazer, todas as formas que tentei dar o passo seguinte e fracassei, porque eu sempre queria aguentar toda a carga, mas ninguém quis suportar a minha, não, simplesmente se importaram mais com o seu bem estar com o que poderia ser bom para si, enquanto eu queria o que era bom para elas e não pensava no que poderia ser bom para mim.
Isso tudo levou a momentos horríveis, coisas que não podem ser desditas, uma dor que não pode ser curada, não hoje e nem amanhã.
Eu simplesmente fui o que sou, o que sei ser, aquilo que acreditava ser o meu melhor, mas não é o suficiente, nunca é, elas sempre querem mais de você, tudo não passa de sua obrigação, nenhum orgulho somente o dever.
Então para que se levantar todas as manhãs e erguer a cabeça para mais um dia?
Porque eu ainda sonho, acredito que essa dor um dia vai acabar, que eu terei alguém para olhar nos olhos e sorrir, alguém para chamar de família, aquela que poderia me trazer a felicidade que a tanto procuro, um motivo para seguir em frente, para dizer que tudo valeu a pena, aquela que vai me abraçar e dizer que sente orgulho de mim por tudo o que fiz, que eu falhei mas dei o melhor de mim, que entende a dor e sabe lidar com ela.
Porque enquanto ainda houver alguém que precise de você para sorrir vale a pena continuar se erguendo do chão, mesmo machucado e sem rumo, sem nada e nem ninguém.
Esses pensamentos fora de ordem podem ser apenas uma anestesia para a dor que não cessa.
Mas a esperança não pode acabar, não quero deixar de sonhar, quero acreditar em dias melhores, quero amar e ser amado, quero dizer que no fim tudo valeu a pena.

Vamos ser fortes !!!

terça-feira, 23 de maio de 2017

Sistema atualizado com sucesso!


Voa livre agora, o passaro ferido,
Depois de arrancar as proprias unhas com o bico;
Trocando de pele, feito serpente,
Uma nova face, mais leve, nova e melhorada;
Como é dificil ser gente!
Deixou cair, queimou-se por completo,
Quando nao restava nada, renasceu das cinzas,
Nem sabia que tinha nascido pra ser fenix.
Quando todos se curvavam pra alcança a alça do caixao, ela voltou como um bebê, com os pulmoes cheios para o mundo.
Talvez a melhor versão de mim;

By Bel

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Infinita Highway- Engenheiros do Hawaii




Você me faz correr demais
Os riscos desta highway
Você me faz correr atrás
Do horizonte desta highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe exatamente onde vai parar


Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos
Nós estamos vivos e é tudo
É sobretudo a lei
Dessa infinita highway


Quando eu vivia e morria na cidade
Eu não tinha nada, nada a temer
Mas eu tinha medo, medo dessa estrada
Olhe só, veja você
Quando eu vivia e morria na cidade
Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava
E à noite eu acordava banhado em suor


Não queremos lembrar o que esquecemos
Nós só queremos viver
Não queremos aprender o que sabemos
Não queremos nem saber
Sem motivos, nem objetivos
Estamos vivos e é só
Só obedecemos a lei
Da infinita highway


Escute, garota, o vento canta uma canção
Dessas que a gente nunca canta sem razão
Me diga, garota: será a estrada uma prisão?
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isso ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
"Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre"
Se tanta gente vive sem ter como comer


Estamos sós e nenhum de nós
Sabe onde vai parar
Estamos vivos, sem motivos
Que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas
Nas entrelinhas do horizonte dessa highway
Silenciosa highway


Eu vejo um horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza"
É inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo
"não corra, não morra, não fume"
Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes


Minha vida é tão confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute, garota, façamos um trato
Você desliga o telefone se eu ficar um pé no saco


Cento e dez, cento e vinte
Cento e sessenta
Só prá ver até quando o motor agüenta
Na boca, em vez de um beijo,
Um chiclet de menta
E a sombra do sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway


sábado, 15 de abril de 2017

Metallica- fade to black

Escurecer 

A vida, parece, irá esmoecer 
Se estendendo longamente a cada dia 
Se perdendo dentro de mim 
Nada importa, ninguém mais 
Eu perdi a vontade de viver 
Simplesmente mais nada a dar 
Não há nada mais para mim 
Preciso do fim para me libertar 
As coisas não são mais como costumavam ser 
Falta alguém dentro de mim 
Mortalmente perdido, isto não pode ser real 
Não aguento esse inferno que sinto 
O vazio está me preenchendo 
Ao ponto da agonia 
Escuridão que cresce tomando o amanhecer 
Eu era eu, mas agora ele se foi 
Ninguém além de mim pode me salvar 
Mas já é tarde Agora eu não consigo nem pensar 
Pensar porque eu deveria tentar 
Ontem parece como se nunca tivesse existido 
A morte me recepciona calorosamente 
Agora eu só vou dizer adeus



Fragmentos

As vezes doi tanto que vc ate esquece a definicao de dor...
como se o corpo estivesse ficando dormente...
a dor esta la...
quem parece nao esta mais, é voce...

By Eu

terça-feira, 4 de abril de 2017

Juras...


...Não prometo te levar ao céu mas, te mostrarei as estrelas em meus olhos;
Não sou a melhor pessoa do mundo, mas o melhor do meu mundo será seu;
Talvez eu não seja a euforia dos teus dias, mas o aconchego de um corpo quente em suas noites, serei sim;
Muito provavelmente que eu não seja a luz no teu caminho, mas serei a mão que apoia tua caminhada;
Não tenho as melhores palavras para teus piores dias, mas eu tenho dois ouvidos para ouvir o que deixa seu coração tão pesado.
Não desejo ser seu tudo, mas sim aquela coisa imprescindível.
Não quero ser exatamente o sal, serei a pimenta, que faz toda diferença no sabor.
E quando adormecer, sentira o vento leve sobrando meu beijo em seus lábios e o meu perfume te fara correr ao meu encontro.
E no fim de cada noite e inicio das madrugadas tudo recomeçará de uma forma que embora seja sublime, tenha a força das ventanias e o calor do fogo que queima matas em segundos...

Ate que finalmente nos daremos conta de que já perdemos toda a noção da realidade...

Bel

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Negociação

Sempre fui um cara extremamente distraído. Alerto as pessoas que eventualmente passam a conviver comigo que, caso passe por elas em qualquer lugar e não as cumprimente, não é por falta de respeito e desconsideração com a pessoa, mas sim pelo fato de eu estar viajando em meu mundo particular.

Quando coloco os fones de ouvido, me torno morador de outro planeta, viajo nas composições geniais de alguns cantores ou fico fascinado com assuntos interessantíssimos de certos podcasts.

Em uma época de minha vida costumava acordar muito cedo, como ainda faço, porém para outro motivo. Na época eu levantava da cama as cinco horas para ir correr - de fato fiquei extremamente viciado naquilo.

Como não poderia ser diferente, colocava o fone de ouvido e corria pela rua, meus pés no asfalto, minha cabeça no universo.

Só tinha um pequeno probleminha. Eu morava num local tranquilo, porém, do ponto A ao ponto B do meu trajeto tinha uma pequena mancha de intranquilidade, uma boca de fumo básica, pra ser mais específico.

Certa manhã, correndo, viajando, ouvi alguém assobiar me chamando, e cometi o maior erro de todos, não prossegui, parei, olhei pra trás, dei atenção. Tal como um vendedor ambulante que percebeu o interesse de um possível cliente ele veio.

Como já tinha cometido o erro, mantive-me no papel de cliente interessado. O cara tava completamente bêbado, pelo jeito estava saindo da festa. Já veio pedindo se eu não conseguia arranjar um dinheiro, porque ele não era da cidade e tava precisando pegar o ônibus pra Caxias do Sul (cidade a mais ou menos 500 km de Chapecó).

Expliquei que tava indo correr, que por isso não levava nada comigo (tentando disfarçar o celular no bolso).

Ele, como vendedor insistente, colocou a mão do bolso e tirou algo que finalmente me puxou de meus devaneios até a realidade, uma faca.

Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa ele me falou: "pra tu ver que eu tô falando sério, não precisa me dar o dinheiro, te vendo essa faca".

Dei um suspiro interno e entrei na jogada dele. Puxei assunto, repeti que não tinha nada ali, mas pedi onde ele morava que eu fazia questão de passar lá pra ajudar.

Me mostrou a casa - ali do lado, no trajeto que fazia todo dia, infelizmente - disse que assim que conseguisse iria lá, combinamos até de tomar uma cerveja no boteco em frente. Apertei a mão dele e corri pelo menos 3 km sem olhar pra trás.

Que fim levou? não sei. Voltou pra sua cidade Natal? talvez.

Moral da historia: As vezes ser bom de trova salva, não sei se a tua vida, mas pelo menos teu celular sim.

Eu vi o olhar dele, fiz uma leitura de sua linguagem corporal enquanto vinha até mim, ele veio pra me assaltar. Não sei o que fiz para que mudasse de ideia. As vezes ser atencioso e respeitoso pode fazer a diferença. Não reaja com violência, mas com humanidade.

sábado, 1 de abril de 2017

Simples jestos


"Porque quando os dedos se encaixam com precisão milimétrica, tudo parece fazer sentido;
quando as palavras se tornarem desnecessárias, e os olhares forem a mais bela e verdadeira forma de comunicação, seus pensamentos serão ouvidos e seus vontades atendidas antes mesmo de amadurecerem e virarem necessidades.
E nesse momento você vai entender o por que de não ter dado certo antes. 
Algumas coisas são tiradas de nós, outras são negadas, por que o que a gente precisa e merece é sempre bem melhor do que nós conseguimos desejar..."


By Bel

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Destino final


"Sou daquelas que achava que amores eram para sempre, mas o "para sempre" é apenas como chamamos o tempo que ele dura.
Assim como o amor nasce, ele morre, como um sopro ou gradativamente com o tempo.
Tudo que resta a nós, pobres humanos, é saber aproveitar esse breve momento para ser feliz ou deixar o tempo passar para que o amor morra por esquecimento.
Nada que não seja alimentado, terá forças pra ser eterno."

By Bel

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Rum corra Snow Patrol


I'll sing it one last time for you
Then we really have to go
You've been the only thing that's right
In all I've done
And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here
Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear
Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say
To think I might not see those eyes
Makes it so hard not to cry
And as we say our long goodbye
I nearly do
Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear
Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say
Slower slower
We don't have time for that
All I want is to find an easier way
To get out of our little heads
Have heart my dear
We're bound to be afraid
Even if it's just for a few days
Making up for all this mess
Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear

Corra

Eu vou cantar uma última vez pra você
Então nós teremos mesmo que ir
Você foi a única coisa certa
Em tudo que eu fiz
E eu mal posso olhar pra você
Mas cada vez que eu olho
Eu sei que nós chegaremos em qualquer lugar
Longe daqui
Anime-se, anime-se
Como se você tivesse escolha
Mesmo se você não puder ouvir minha voz
Eu estarei bem ao seu lado, querida
Mais alto, mais alto
E nós correremos por nossas vidas
Eu mal consigo falar, eu entendo
Por que você não pode aumentar sua voz para dizer
Pensar que eu posso não ver aqueles olhos
Torna tão difícil não chorar
E enquanto dizemos nosso longo adeus
Eu quase choro
Anime-se, anime-se
Como se você tivesse escolha
Mesmo se você não puder ouvir minha voz
Eu estarei bem ao seu lado, querida
Mais alto, mais alto
E nós correremos por nossas vidas
Eu mal consigo falar, eu entendo
Por que você não pode aumentar sua voz para dizer
Mais devagar, mais devagar
Nós não temos tempo para isso
Tudo o que eu quero é achar um jeito mais fácil
De sair de nossas pequenas cabeças
Tenha força, minha querida
Nós estamos destinados a ter medo
Mesmo que seja só por alguns dias
Compensando toda essa confusão
Anime-se, anime-se
Como se você tivesse escolha
Mesmo se você não puder ouvir minha voz
Eu estarei bem ao seu lado, querida

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

IV Hello Darkness My Old Friend



Se quiser se encontrar sugiro começar por aqui

Capítulos anteriores


Esse é o Quarto capítulo da história, porém pode ser lido sozinho como um pequeno conto caso não queira se aprofundar e ter a visão geral de para onde iremos.




A tarde estava linda, o céu azul como em poucas vezes havia visto. Não estava completamente azul, haviam nuvens em formato de algodão que preenchiam a paisagem, formando uma pintura inacreditável.

Estava deitada na grama, com a cabeça apoiada em seus braços. Sentia-se como se estivesse totalmente livre. Não que já houvesse sido presa alguma vez, mas tinha uma sensação de que poderia ficar ali o quanto quisesse, como se, pela primeira vez na vida, não precisasse se preocupar com o relógio, não havia compromisso que a tirasse daquele paraíso.

Cães corriam pela grama, saltando em busca de frisbees ou gravetos lançados por seus respectivos donos. Famílias faziam piqueniques, Crianças participavam de brincadeiras.

A tarde estava quente, mas a brisa que batia equilibrava perfeitamente a temperatura. Se houvesse paraíso - um lugar físico como em obras de ficção - sem dúvida ele seria assim.

De repente, percebeu pelo canto do olho uma nuvem escura se aproximando, a pequena brisa se transformou numa rajada forte de vento, os cães começaram a latir, as toalhas de piquenique foram recolhidas, as crianças chamadas pelos pais para um lugar seguro. Provavelmente uma nuvem passageira de verão. Geralmente vêem com força e vão embora da mesma forma como vieram.

A chuva veio leve. Gotas finas caíram em seu rosto. Abriu a boca e as deixou correr, sentiu o seu frescor na garganta - continuava sendo o paraíso.

As gotas ficaram mais grossas, como sempre acontecia com tempestades de verão. Era hora de se abrigar e esperar o sol voltar a brilhar. Levantou-se, ou melhor, tentou, algo a impedia. Por mais força que fazia, não mexia um só músculo, parecia que algo a segurava. Já havia ouvido sobre isso, só que acontecia com pessoas que estavam acordando, pelo que lembrava era chamado de paralisia do sono. Mas não estava dormindo.

Tudo começou a ficar mais escuro, parecia que a luz ia dando lugar as trevas em um perímetro perfeito em sua volta, o circulo ia se fechando. Juntamente com a luz, o ar também estava ficando rarefeito.

Antes que conseguisse perceber o que de fato estava acontecendo, antes de entrar em total desespero, a luz sumiu totalmente, o ar simplesmente acabou, no desespero de sugar a última dose para seus pulmões, acordou.

Era escuro e úmido. Sem dúvida não estava mais deitada na grama do parque. Podia sentir o fedor putrefato​ do ar. A princípio pensou estar vendada, soltou as mãos que estavam praticamente livres em cordas, passou-as no rosto e não sentiu nada obstruindo sua visão. Mesmo assim não conseguia enxergar.

Estava cega - pensou.
Sentia que cada fibra de seu corpo ia se desfazer de tanto medo que corria por ele. Não mais tremia, até que o grito subiu de seus pulmões, passou pela laringe, pelas cordas vocais, até ressoarem um rouco, porém audível grito de desespero:

- Soccccooooooorrrrrooooooo!!!

Por um instante não houve mais nada no mundo a não ser ela é seu grito, ecoando no infinito da escuridão onde se encontrava.
Levantou-se com muita dificuldade, tateando as paredes ao redor, em busca de qualquer elemento que a ajudasse a descobrir onde estava.

- Ainda estou no parque, isso é um sonho, eu dormi e tive uma insolação, preciso acordar - Disse a si mesmo, em voz alta, tentando sentir-se viva.

As pedras que a cercaram deixavam claro que se tratava de uma caverna, porém eram lisas demais, como se tivessem sido moldadas por alguém, ou tivessem passado centenas ou até milhares de anos sendo esculpidas pela água que corria por elas.

Seguiu a barulho da água e encontrou uma pequena vertente no canto de uma das paredes, pegou um pouco em suas mãos e sorveu com os lábios - era incrivelmente saborosa, no sentido de que algo insípido pode ser, sentia que era totalmente incolor apesar de não poder enxergar. Sem dúvida era o líquido mais puro que já havia provado na vida.

Um dos problemas estava resolvido, o estômago ainda incomodava muito, mas a água já fazia com que recuperasse um pouco os sentidos, já estava começando a voltar a si, conseguia raciocinar novamente.

Começou a lembrar claramente do parque. Foi tão vívido, realmente sentiu estar lá. Mas agora, diante de sua realidade, não tinha dúvida de que se tratou de um devaneio. Não conseguia traçar o momento em que foi ao parque, muito menos o momento que a trouxe a essa escuridão - Se é que estava escuro mesmo, nunca esteve diante de um breu tão grande.

Tentava se lembrar como chegara a esta situação, nada vinha em sua mente além do belo dia no parque, a tempestade de verão, a suposta paralisia do sono.

Pensando bem também não lembrava de como tinha chegado ao parque, nem antes, nem depois. O que era sonho, o que era realidade?

Então a luz se fez. Não a iluminação que gostaria, porém pode perceber flash distante, mas o suficiente para perceber que não estava cega, já era alívio.

Conforme ia saindo do torpor inicial de quando se acordou, começava a sentir mais medo, frio, fome. O pânico começava a tomar conta da situação por completo.

Lembrou de suas aulas de ioga, da dificuldade que sempre teve em se manter relaxada no momento da meditação final - a quem queria enganar, sentia dificuldade até em se manter nas posições mais básicas, nem que fosse só por quinze segundos.

Sempre teve dificuldade em se manter tranquila, e concentrada, pelo jeito teria que aprender da pior maneira possível.

Então, o silêncio se desfez. Ouviu barulho de uma pesada porta de metal se arrastando, o barulho não vinha da Câmara onde estava, mas além. Porém, agora, sabia que não estava sozinha soterrada embaixo de uma montanha, o lugar realmente era uma espécie de quarto.

A porta aparentemente se fechou, seguiu o barulho e tateou as paredes até chegar a um espécie de porta, não a que acabará de ser afastada, aquela estava mais distante, era maciça, de metal, gelada.

Ouviu a porta distante sendo arrastada novamente. Algo vinha caminhando de forma irregular, difícil distinguir um padrão de passos, se apoiava na parede, cada vez estava mais perto, já dava para ouvir a respiração ofegante do ser, fosse ele humano ou não.

Ela se afastou da porta, encolheu-se em um canto, apenas aguardou.

Abriu-se uma portinhola na porta da qual havia se afastado. Sentiu uma respiração quente, pesada, um hálito que lhe causou náuseas, já não bastasse o buraco que sentia no estômago.

- Quem é você, o que estou fazendo aqui? - perguntou, com uma voz trêmula.

- coma - respondeu num grunhido pouco audível, enquanto jogava algo pela portinhola.

Ela se aproximou, tateou o chão úmido na escuridão e tocou em algo ainda mais úmido e pegajoso que o próprio chão.

- O que é isso? Um rato? Não posso comer isso.

A portinhola se fechou, os passos se afastaram, a pequena luz que havia surgido distante apagou. O parque foi um sonho, isso era um pesadelo.

Por PedroGM

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

sem crer

É sempre bem mais fácil quando alguém te pega pela mão.
O que fazer quando todos que te seguram pela mão te soltam no exato momento que você está alto demais e que a queda pode ser Fatal?
Os dedos já não podem acreditar em outras mãos, Eles sabem que mais cedo ou mais tarde serão soltos e que o corpo estará em plena queda livre.
Acreditar parece não ser mais uma boa opção.
Acreditar em outra mão parece burrice uma decisão dolorosa.
Talvez a mão suada e escorregadia seja indícios de que mais cedo ou mais tarde aqueles dedos vão escapar dos seus e você voltara para os braços da Solidão mais uma vez e não fica mais fácil com o tempo.
Cicatrizes é o tipo de coleção que não é agradavel colecionar.

By Bel

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Enjaulada (PET)

"Eu pensava que eu era única assim. Desde criança eu soube que se alguém descobrisse, minha família, meus amigos, se soubesse o que eu era de verdade, saíram correndo.
 Então você aprende a se misturar, a fingir, e depois de um tempo você nem percebe o quanto é solitária.
Mas aí aparece alguém assim, alguém como você, mesmo que ele não saiba disso ainda. Então de repente você começa a pensar, "talvez não precise ser assim, talvez eu não precise ser sozinha".
 Então você larga corda porque essa pessoa não vai deixar você cair, vai pegar você. Você sabe disso, pelo menos é o que você diz para si mesma até desmoronar."

sábado, 21 de janeiro de 2017

Alma dança num bizarro terror

Minha alma ja esta condenada,
eu posso sentir ela queimando no inferno,
dor que nao se vai,
descanso que nunca vem.

A agonia se faz grande demais para o domingo,
se estende agora pelo sabado afora.

Ate onde voce se acha capaz
de julgar alguem que foi testado
ate seu limite extremo?

By Eu

Oportunidades perdidas!!!

E por deixar as oportunidades passarem restou -me a ilusão de que realmente um dia conseguiria .
Toda via não esperava mas o sentimento que em mim vês dominou o meu ser e de tempos em tempos me perco em mim mesmo ... Recorro as minhas memórias mas minha mente é só confusão e me agarro a mais esta oportunidade na vá esperança de me erguer novamente do chão!!!
Desperto de um longo e taciturno pesadelo então mas que vejo é que sonhos não o era mas pesadelo então do qual não pude acordar apenas sonâmbulo passando pela vida como marionete do destino a vagar perambulando pela vida sem mesmo de que estou vivo conta me dar ...
Jshynaider

A um passarinho

A UM PASSARINHO
Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?...
Não, não irei analisar novamente esse poema, esse é mais um desabafo.
Como já contei anteriormente, moro em um condomínio com muitas árvores, pássaros, peixes, animais - nada de animais muito selvagens não, mais do tipo pequenos que moram no Mato.
É tudo muito bom, tudo muito bonito, só que não. Não que não seja ótimo sentar à beira de um açude - lago, afff - e ficar olhando os patos nadando com seus filhotes, isso é demais.
Até com os grilos e as cigarras a noite eu já me acostumei. Depois de um tempo a cantoria deles passa a ser um mantra essencial para se pegar no sono.
O próprio canto dos pássaros pela manhã é um belo despertador, você ouve, relaxa e volta a dormir.
Sou de dormir pouco, acordar cedo, principiante durante a semana. O problema está nos fins de semana. Sempre acabo ficando até mais tarde assistindo algum filme ou seriado, e consequentemente durmo até um pouco mais tarde - nem tão mais tarde. Digo, dormia.
Vamos direto ao ponto, ao lado da janela do meu quarto tem uma árvore, e consequentemente muitos passarinhos ficam nela, até aí tudo bem. O problema reside num pequeno pardal que encarnou na minha janela. Desde o primeiro dia que foi colocado o vidro ele se aproxima, se olha, vira a cabeça para um lado, vira para o outro e bica, e bica, e bica... Sem fim, ele não pára, ele não tem limites.
Eu já cheguei ao ponto de encher de tapumes na janela. Quem pensa que isso é o suficiente, está enganado, ele acha um fresta, o maldito do narcisista tá tão apaixonado pela própria imagem que não encontra limites pra chegar a si mesmo e bicar. Se fosse durante o dia tudo bem, se me acordasse as 8h tudo bem. Mas as 6h todo santo dia, é enlouquecedor.
Já rezei um terço, fiz pacto com o demônio, até com o próprio passarinho, prometi a ele uma porção de alpiste por dia, insetos, ameacei de tacar fogo nele, na árvore; mas não adianta, a paixão dele pela própria imagem é mais forte que tudo.
Sendo assim, estou aqui pra informar que, se alguém precisar falar comigo e tiver medo de me acordar porque é muito cedo, pode ficar tranquilo, o passarinho apaixonado já me despertou e continuará me despertando.

Por PedroGM
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A Espera

Praticamente toda manhã eu saio para caminhar no condomínio em que moro, uma condição necessária que define se meu dia será produtivo ou não, se terei disciplina para fazer tudo o que preciso ou não.
Faço de três a quatro quilômetros, o que equivale a uma volta completa pelo lugar. O condomínio é cercado de muito verde, tem 14 açudes - o povo de lá quer ser chic e chama de lagos, parece ser mais pomposo, eu sou colono e chamo de açude mesmo -  há trilhas embaixo de árvores; enfim, muita natureza a se apreciar.
Todo esse meu trajeto demora mais ou menos meia hora, sendo objetivo, intercalando entre caminhadas e corridas, com a finalidade de fazer o melhor tempo possível.
Hoje fiz um pouco diferente, percebi que na divisa do condomínio há um córrego - ou sanguinha, para colonos como eu - resolvi "perder" um pouco de tempo e parar para apreciar. O barulho da água, o ar mais gelado que cerca o lugar, os pequenos peixes nadando despreocupados contra a pequena correnteza.
Que baita momento, é a tranquilidade que nos invade, nos lembra que precisamos desacelerar, curtir o momento, não deixar a vida passar no automático.
Precisamos parar, esvaziar nossas cabeças e prestar atenção na vida que acontece ao nosso redor, e como acontece vida ao nosso redor!
Cheguei em casa, pulei um pouco de corda, tomei um banho, pensei comigo mesmo, hoje vou me manter zen, vou deixar os problemas do trabalho de lado, fazer só o essencial.
E aí entra o momento em que escrevo essa pequena reflexão.
Primeiro problema. Não precisaria vir ao centro hoje, então, recebi uma ligação e tive que vir. Sem problemas, acho que em trinta minutinhos resolvo. Cheguei a justiça federal, "estranho, tá tão vazio".
Como pode alguém que estava tão zen pela manhã não conseguir suportar esperar uma hora. Isso mesmo, cheguei meio dia aqui e descobri que só abre a uma hora.
Aqui estou, cansado, impaciente, com uma sensação de quem está deixando a vida passar sem sequer fazer nada contra isso.
Mas sinto que sobreviverei, afinal, já se passaram 20 minutos, só falta mais 40.
Por PedroGM
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Paralisia do Sono


Abri os olhos... ainda era madrugada...senti um vento gelado soprando em meu rosto...meu corpo todo estremeceu...o quarto estava escuro demais...senti alguma coisa cair pesadamente sobre meu peito me fazendo deixar de respirar por alguns instantes...

Arregalei os olhos na tentativa de ver o que era... estava embaixo do lençol e eu sentia a coisa se mover na direção dos meus pés.  Através do toque na pele era impossível descrever o que poderia ser, mas o medo criava em minha mente criaturas cada vez mais assustadoras.

O que quer que fosse, tinha garras pontudas que arranhavam minha pernas... quando chegou na ponta dos meus dedos, já não as senti mais. De certa forma respirei um pouco aliviada. Quis acreditar que era só minha imaginação fértil me pregando peças. Que nada daquilo era real.

O silencio reinava no quarto e eu achei melhor fechar os olhos e voltar a dormir.

Sabe quando você senti que tem alguém te olhando e aquilo começa a incomodar muito?...abri os olhos e meu coração quase parou...estava de pé na porta entreaberta do quarto, sendo iluminada pela fresta de luz que vazava do corredor...alta, muito alta, magra, quase esquelética...uma criatura que pouco se assemelhava a um ser humano, estava escuro demais para ver sua face, coberta por uma camada de liquido preto que pingava de todo seu corpo...emitia um som agudo que feria os meus ouvidos...estava olhando fixamente para mim...o arrepio no meu corpo aumentava d uma maneira que eu podia me sentir tremendo feito vara verde embora estivesse totalmente parada...a coisa deu um passo na direção da minha cama e a terrível sensação de esta presa na cama me deixou totalmente agoniada.

Eu queria acreditar que não era real, que era só mais um sonho assustador, que eu ia acordar suada, assustada, mas a salvo, fechei os olhos e tentei relaxar, respirar fundo, mas aquele olhar fixo em mim fazia meu coração disparar a ponto de senti-lo subindo pela garganta.

Não consegui, abri os olhos desejando que a coisa não estivesse lá, mas estava, no mesmo lugar, de pé, pingando aquela gosma preta; naquele momento, meus olhos pareciam estar colados naquela criatura medonha, observando em agonia cada um dos movimentos dela. Fazia poucos movimentos com a cabeça e continuava a me olhar e de repente, apontou para a minha cabeceira, só meus olhos se moveram para ver o que ela tentava me mostrar... uma cabeça grande e muito branca, com olhos enormes e pretos, sem nariz e uma boca arreganhada , se curvava sobre a minha, restos de cabelos desciam pela testa, a face completamente desfigurada, carne queimada, tentei gritar, mas nem mesmo minha boca abriu. Maldita paralisia do sono, como amaldiçoei isto naquele momento. A coisa, debruçada sobre mim, estendeu os braços com galhos no lugar das mãos, galhos de arvore mortos, em direção de minha boca... forçou para que eu abrisse e não encontrando muita ou nenhuma resistência, teve êxito...juntei todo ar dos meus pulmões com toda a agonia e medo que eu estava sentindo e forcei um grito que não saiu. Tentei mover meus braços e pernas que não saíram nem um centímetro do lugar.

Estava lá... imóvel...indefesa..de boca aberta...aquela criatura, saída do inferno, abriu a boca e começou a vomitar agulhas, galhos, pedras, lama, penas, folhas, terra, que desciam pela minha garganta cortando, rasgando, eu podia sentir o gosto do meu próprio sangue. Comecei a sufocar, e nem assim meu estomago fazendo algum movimento, eu pedia por socorro em silencio, desejando que algum dos meus músculos respondesse, nem que com um simples espasmo forte suficiente para conseguir acordar minha irmã que com certeza dormia da cama ao lado. Mas nada acontecia... o gosto nauseante de cada coisa nojenta que eu esta endo forçada a engolir...o frio que ficava quente tomando conta do meu corpo...senti meu corpo congelando e depois como se estivesse deitada em brasas. A boca babava na minha quando acabou de colocar pra fora tudo que tinha, ate suas ultimas entranhas... a criatura que ficava imóvel ao pé da porta assistindo toda aquela tortura, agora caminhava rápido para mim, chegou perto e antes que eu pudesse prever algum movimento ela cravou as garras na minha barriga e nesse momento o grito saiu como um trovão. Fechei os olhos de tanta dor. Duas mãos agarraram meus ombros e me sacudiam na cama enquanto parecia que minhas mãos e meus pés estavam presos na cama.

Abri os olhos e lá estava minha irmã me sacudindo e gritando meu nome. A luz estava acessa, recuperei meus movimentos, olhei para os lados, não tinha nada na cabeceira, a porta estava fechada e não havia nenhum liquido preto no chão que pudesse comprovar a presença da coisa no meu quarto. 
Respirei fundo, abracei minha irmã... ela voltou para a cama dela e eu dormi o resto na noite com o abajur acesso...

Acordei com o barulho do despertador, estava muito enjoada, a áncia de vomito me fez jogar as cobertas no chão e correr para o banheiro...vomitei apenas uma baba que parecia encher meu todo meu estomago...quando tirei a camiseta para tomar banho...os arranhões de 3 garras estavam bem fortes marcando minha barriga... 

by Bel

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Rag'n'Bone Man - Human

Humano

Talvez eu seja tolo, talvez eu seja cego
Pensando que posso ver através disto
E ver o que está por trás
Não tenho como provar isso então talvez eu seja cego

Mas eu sou apenas humano, afinal
Eu sou apenas humano, afinal
Não coloque sua culpa em mim


Dê uma olhada no espelho
E o que você vê
Você vê isso mais claro
Ou você está enganado no que acredita

Porque eu sou apenas humano, afinal
Você é apenas humano, afinal
Não coloque a culpa e mim
Não coloque sua culpa em mim

Algumas pessoas têm problemas reais
Algumas pessoas sem sorte
Algumas pessoas acham que eu posso resolvê-las
Senhor acima do céu
Eu sou apenas humano, afinal
Eu sou apenas humano, afinal
Não coloque a culpa e mim
Não coloque a culpa e mim

Não pergunte a minha opinião
Não me peça para mentir
Então implore por perdão
Por fazer você chorar, fazer você chorar

Porque eu sou apenas humano, afinal
Eu sou apenas humano, afinal
Não coloque sua culpa em mim
Não coloque a culpa e mim

Algumas pessoas têm problemas reais
Algumas pessoas sem sorte
Algumas pessoas acham que eu posso resolvê-las
Senhor acima do céu
Eu sou apenas humano, afinal
Eu sou apenas humano, afinal

Não coloque a culpa e mim
Não coloque a culpa e mim
Eu sou apenas humano, eu cometo erros
Eu sou apenas humano, isso é o necessário
Para colocar a culpa em mim
Não coloque sua culpa em mim

Não sou profeta ou messias
Você deveria estar procurando por algum lugar mais elevado

Eu sou apenas humano, afinal
Eu sou apenas humano, afinal
Não coloque a culpa e mim
Não coloque a culpa e mim
Eu sou apenas humano, eu faço o que posso
Eu sou apenas um homem, eu faço o que posso
Não coloque a culpa e mim
Não coloque sua culpa em mim




Amores...


Amores!!!

Amo-te como se ama amores fugazes, segredos entre sombras velados em nossos olhares 
Coisas obscuras que leva-se oculta dentro da alma ...
Te amo como a promessa de uma semente que se não morrer jamais revelará sua essência 
Beleza de flores que sua vida não nos permite Admirar...
 Como a ti um dia retornar e a essência de ser o que jamais foi irei retomar 
Porque o tempo levou de mim assentia de te amar!!!
Jshynaider...

III Só mais um caso

O pequeno escrito a seguir é continuação deste 

I - Vem com a Chuva

E deste

II - Quem Sabe amanhã

III Só mais um caso

“Tonight I'm gonna have myself a real good time...I feel alive and the world I'll turn it inside out – yeah! I'm floating around in ecstasy… So don't stop me now don't stop me...'Cause I'm having a good time having a good time”
Maldito momento que coloquei minha música preferida como toque do celular, já a odeio – é o pensamento que vem antes mesmo de atender o telefone.
- Alô – falo com uma voz de sono após passar pela fase de negação e atender ao telefone.
- Vamos acordando aí que temos uma bomba explodindo no centro da cidade – Veio de uma voz familiar, bela, apesar de ter essa beleza totalmente abafada pelo momento inoportuno da ligação.
- Só pode tá de sacanagem comigo, já olhou lá fora? Eu mal consigo ver a calçada aqui da minha janela, maior chuva.
- Sinto muito, mas parece que assassinos tem sede de sangue até em noites como essa.
- Paciência, pelo menos essa tua voz sempre me dá um gaz extra.
- Então guarde essa energia toda e vá a casa nº 587, esquina da rua Rui Barbosa com a 31 de Maio, a perícia já tá lá.
- E qual é o caso?
- Só fui encarregada de te acordar, os detalhes tão te esperando lá.
- Beleza, mas quando chegar de volta a delegacia quero um café bem quente e tua companhia pra me aquecer.
- Vai sonhando – Ela nem termina de falar e deliga o telefone na minha cara.
- O que tem de bela tem de mal educada, nem se despediu – Eu sabia que estava falando sozinho, mas essa mulher sempre me tirava do estado normal.
***
Se da janela do quarto parecia que chovia muito, na rua estava impossível trafegar, pelo menos o trânsito era praticamente zero, dado o avançado da hora.
De longe avistei a luz dos sinalizadores das viaturas e não tive a menor dificuldade em localizar o palco do suposto crime. Ainda mais pela presença de inúmeras pessoas que já se aglomeravam estranhamente em baixo da chuva.
O povo não perdoa mesmo – penso comigo mesmo – Aposto que nem conhecem que morava nessa casa, e mesmo assim o mau tempo não é empecilho pra matarem a curiosidade, aposto que se tivessem que fazer qualquer outra coisa não fariam com a desculpa da chuva.
Era uma casa de esquina, com uma velha, porém bem cuidada cerca de madeira em volta. O primeiro piso era de alvenaria e o segundo de madeira, tão gastas quanto as madeiras da cerca, porém não tão cuidadas.
Atravessando o impecável jardim, desviando-me dos curiosos e mostrando minhas credenciais ao policial que fazia a contenção daqueles, cheguei aos degraus da entrada, onde já se encontrava o policial responsável.
- Finalmente chegou cara, la encima tá a maior bagunça, um banho de sangue, literalmente, o miserável que fez isso não poupou nem o cachorro.
- Poh Marcos, pra me chamar uma hora dessas, num tempo desses, a situação tem que tá ruim mesmo.
- Tu já vai mudar esse humor aí, vai ter muito com o que se divertir nos próximos dias.
Subimos as escadas, chegando no último lance e virando em direção ao corredor, já vi a mancha rubro brilhante que quase se fundia ao piso de madeira laminada perfeitamente encerado.
No banheiro, o banho de sangue era geral, porém o sangue se destacava mais ainda na cerâmica branca, mas o que mais chamava a atenção era o cão pendurado em suas próprias tripas e a frase no espelho, escrita a sangue, já escorrida, mas ainda compreensível, que dizia “Não só os cães que lambem, também posso lamber”.
- Que isso, um ritual satânico, que infeliz faria isso com um pobre animal? Isso no espelho é sangue mesmo? Perguntei.
- Cara, a princípio os peritos disseram que o sangue no espelho é do cão, mas o do chão parece estar misturado com sangue humano. De qualquer forma, é sangue demais para ser apenas de um cão desse tamanho. Interrogamos alguns vizinhos e eles disseram que aqui mora uma moça solteira, que raramente recebe visitas, apenas a veem cuidando do jardim e brincando com o cão nos fins de semana.
- E essa moça, onde está?
- Não sabemos, mas pela quantidade de sangue que tem nesse banheiro, ela não saiu bem daqui, senão ela, outra pessoa, mas o fato é que alguém sangrou muito.
- E como ficaram sabendo do ocorrido se ela morava sozinha?
- Parece que alguém ouviu um grito e ligou pra emergência, uma viatura que estava mais próxima veio até o local e encontrou a porta da frente aberta, perguntou por alguém, ninguém respondeu, então o policial deu de cara com essa bela cena.
- Já falou com a pessoa que ligou? Ela tá la embaixo?
- Ai que tá cara, não é ninguém lá de baixo, ou, pelo menos, ninguém teve coragem de se identificar, além disso a ligação foi anônima e bem vaga quanto a ocorrência.
- Você não tava de brincadeira mesmo, vou ter muito com o que me “divertir” - aspas com os dedos enquanto – peça pra perícia não deixar passar nada, lembra daquele caso né?
- Lembro sim, pode ficar tranquilo, serão minuciosos – responde o policial.
- Beleza, vou fazer algumas perguntas lá embaixo.
Realmente a chuva não era capaz de expulsar os curiosos. Felizmente aqueles que poderiam ser úteis às investigações já haviam sido triados, inclusive muitos já prestaram seus testemunhos, mas como não confiava em mais ninguém além de mim, parti pro retrabalho.
Após algumas conversas infrutíferas mirei uma senhora de mais ou menos uns 70 anos – pelo menos foi o que me pareceu – me aproximei:
- A senhora conhece a dona da casa? Perguntei
- Conheço de vista meu querido, moro na casa ali do lado. Uma moça muito bonita, mas sempre com um olhar tão triste, deve ser porque vive sozinha num lugar tão grande, esses jovens de hoje são muito solitários, eu acho que uma moça da idade dela já deveria estar casada…
- Ok, entendi – se não a cortasse ela teceria suas teorias sobre a juventude sem causa dos dias atuais a noite inteira – A senhora viu algo ou alguém suspeito pelas redondezas nesses últimos dias?
Eu já ia encerrar a inquirição quando vi sua expressão de que não se lembrava de nada anormal, quando:
- Eu acho que não meu bem. Espera, Hoje, pelo fim da tarde, um carro estacionou bem aqui em frente a minha casa, ficou aqui por muito tempo, até a hora que fui me recolher ele ainda estava aí. Não teria dado tanta atenção se já não tivesse o visto antes. Tenho certeza que não é a primeira vez que ele fica ali parado.
- A senhora viu quem estava no carro?
- Não vi não, e tenho a impressão que ele ficou ali dentro, não o vi sair, também não fiquei prestando muita atenção não, não sou esse tipo de vizinho enxerido que fica cuidando da vida dos outros…
Nossa como fala” - Pensei, então perguntei – Foi a Senhora que chamou a polícia? Vi que sua casa é a mais próxima.
- Não lindo, depois que tomo meu leite morno pra dormir não ouço mais nada, acordei depois que o barulho da multidão já era maior que o da chuva que caía.
- Muito obrigado, acho melhor a senhora se recolher agora.
- Espero ter sido útil meu querido.
Me dirigi até o policial encarregado e pedi para verificar com a prefeitura se haviam câmeras de segurança nas redondezas e em caso positivo me enviarem para análise das imagens. Essa história do carro pode ser promissora se não se tratar apenas de implicância de uma vizinha xereta.
Aqui meu trabalho estava terminado por ora.