quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Ninguem vê, ate que seja tarde!


Abriu os olhos e tudo ainda continuava muito escuro, a dor gritava no corpo ainda de formas mais agoniantes, passou a mão pelos braços que ate pouco tempo atras estavam acorrentados, os machucados ainda estavam lá embora as correntes ja tivessem se soltado. A cabeça dava voltas, entre o que poderia ser real e o que eram apenas fantasmas antigos.
Desejava gritar mas não queria chamar mas a atenção de ninguém para sua existência marcada de tanta dor.
Sentia a testa molhada, não sabia se por sangue ou suor.
Não sabia mas onde terminava sua personalidade e começava a angustia, suspeitava fortemente que ja tivessem se tornado uma só.
As garras daquela angustia já haviam estraçalhado toda esperança de que ali dentro ainda tivesse um ser humano que ainda pudesse ser salvo.
Se sentia um animal feroz preso numa jaula, sozinha e ferida, assustada demais ate pra tentar escapar.
Suspeitava que houvesse apenas uma unica maneira de se livrar de tudo aquilo...

By: Eu