Quando todas a
peças não se encaixam, quando todos os motivos são inundáveis, a estrada
deserta faz eu ver o quanto tudo se foi com o tempo, as coisas mínimas perdem o
sentido e a desolação de tudo que se foi e não volta mais toma conta da minha
alma.
O quanto as
vezes as coisas podem ser injustas, quando coisas sem sentido geram momentos
que destroem a sua alma e ver como as pessoas podem ser maldosas a ponto de
ferir com simples palavras, agora nesse momento nem se quer o vento que passeia
pelo meu corpo refresca as feridas que foram causadas pelo irracional e os
gestos maldosos.
Quando o seu
esforço e a sua bondade são recompensadas com pedras agudas que ficam cravadas
em seu peito e não tem nenhuma sutileza em demonstrar que estão lá.
As conquistas
são ignoradas por um uma dor que não se pode ter dimensão, afinal de contas o
que é a vida, um sopro de emoções que dura alguns segundos, é possível afinal
de contas deixar a sua marca em meio a esse caos?
A minha marca é
de uma dor que ninguém vê, escondida por sorrisos simplórios, por uma afirmação
de que tudo está bem quando realmente não está.
E quem consegue ver através dessa casca vazia
e distorcida de remorso e tristeza com gosto de uma depressão amarga, eu não
sei dizer, apenas não encontrei ninguém capaz de tal feito ainda.
Um gosto ruim
que não poder ser tirado pois esta encrustado em minha alma, por mais que os
esforços sejam grandes em tentar ser bom, o mal prevalece e tira de mim todo
aquele segundo de felicidade tão frágil quanto uma fina peça de cristal.
Sinto agora os
pedaços dos últimos momentos felizes sendo rasgados com ferocidade, onde está
tudo aquilo que tinha outrora foi jogado em um abismo insaciável pela fome de
tragar tudo aquilo que havia de bom em mim.
Não quero mais
seguir pela dor solitária de dar tudo de si e mesmo assim ser tratado como alguém
inescrupuloso, a vontade de mudar a rota é maior que tudo, não quero mais
seguir pela rota que a carne caminha, quero vislumbrar o mundo da forma que os
seres sem cascas veem, andar pelo infinito e ver sua vastidão, quero uma vida
longe das desolações que me cercam.
Quero partir, não
quero fazer falta, quero simplesmente sumir como se nunca tivesse existido.
Como tudo
aquilo que fiz e foi recompensando da mesmo forma, com o nada.
O que me resta,
uma garrafa de desprezo que nunca se acaba e me embriaga cada dia mais e mais,
ela me deixou dopado para tudo aquilo de bom que um dia eu possa ter feito.
Se é o fim que
seja logo então, que me leve para um lugar onde as pessoas possam nunca mais me
ver, paz, tudo que eu quero é paz.
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